A pedagogia crítica busca expor o modo como as relações de poder e desigualdade, sejam elas sociais, culturais ou econômicas, manifestam-se e são postas em questão na educação formal e informal das crianças e adultos (Darder, Baltodano e Torres, 2003; McCarthy e Apple, 1988).
A educação crítica preocupa-se com a transformação social e a ruptura de ilusões confortadoras que têm como pressuposto que os modos em que nossas sociedades e seus aparatos educacionais estão atualmente organizados podem levar à justiça social. A educação crítica parte da análise e da percepção da importância das múltiplas dinâmicas que sustentam as relações de exploração e dominação em nossas sociedades.
Conforme Apple (1995), "a fim de entender a educação e de agir sobre ela nas suas complicadas conexões com a sociedade como um todo, devemos nos envolver no processo de reposicionamento, isto é, devemos ver o mundo pelos olhos dos despossuídos e agir contra as formas ideológicas e institucionais que reproduzem condições opressivas."
Leitura recomendada: Educação Crítica: análise internacional, de Michael W. Apple, Wayne Au e Luís Armando Gandin, pela Editora Artmed.